Manaus e Belém: As Metrópoles da Borracha #62

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A elite brasileira tentou transformar Manaus e Belém em cidades tipicamente europeias a partir de 1860 - Parises na América - desprezando toda cultura indígena já ali estabelecida. Em Manaus, embora o indígena fosse romantizado em óperas e pinturas, eram proibidos de andar com suas vestes tradicionais e de tomar banhos em rios. Mesmo suprimindo a cultura local, os brancos apropriaram-se dos hábitos, alimentos e utensílios indígenas. Com a riqueza do látex, Manaus tornou-se uma das maiores economias do Brasil no início mas essa riqueza era quase exclusiva aos barões da borracha. Denúncias de escravidão em seringais tornaram-se tão numerosas em 1900 a ponto de consules britânicos viajarem ao Brasil para apurar os casos, levando a prisão de alguns latifundiários. Enquanto teatros eram erguidos para a nobreza, bairros de trabalhadores formavam-se na beira de igarapés. Com a queda do preço da borracha, uma crise política e econômica eclodiu no Norte. Em Manaus, em 1910, a Marinha bombardeou a cidade em tentativa de depor o governador Antonio Bittencourt. Em Belém, em 1912, o senador Lauro Sodré articulou um golpe contra o prefeito Antônio Lemos. As vibrantes capitais da borracha, agora tinham seus prédios ecléticos crivados de bala e seus bulevares tomados pela vegetação amazônica. ____________________ Se curte o conteúdo do Geo, agradecemos quem contribuir com nossa campanha mensal no: Picpay: https://picpay.me/geopizza Apoia.se: https://apoia.se/geopizza ou Patreon: https://patreon.com/geopizza ____________________ Fontes completas e dicas culturais no nosso site https://geopizza.com.br/